É com indignação que acompanhamos a apuração do crime cometido contra a vida de Moïse Mugenyi Kabagambe, no Rio de Janeiro.


A luta contra o trabalho análogo à escravidão, a xenofobia e o racismo faz parte do trabalho diário que fazemos no Centro de Apoio e Pastoral do Migrante (CAMI), onde infelizmente conhecemos outros tantos casos semelhantes.


Congolês, chegado ao Brasil com apenas 11 anos na condição de refugiado, Moïse tentava escapar de conflitos armados que assolam a República Democrática do Congo há décadas, uma realidade cruel em seu país. Esperava que o Brasil pudesse lhe dar um pouco de dignidade e segurança.


O CAMI se solidariza à família de Moïse e de todas as vítimas de crimes semelhantes e reforça a urgência da luta por direitos, dignidade e emprego a todas e todos refugiados e imigrantes residentes no Brasil. Moïse é o reflexo de uma comunidade que merece e necessita de ações concretas legais e de solidariedade à família, amigos e sua memória.


Este foi mais um episódio de violência racista, xenófoba e de classe sofrido por um trabalhador imigrante no Brasil. Nosso país é fruto da imigração e tem em suas raízes uma história onde a xenofobia não pode ser normalizada. Que todos sejam livres e tenham seus direitos garantidos em qualquer lugar do mundo.


Justiça por Moïse, já!

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